O El Niño (o menino) e La Niña (a menina) são anomalias climáticas provocadas por variações de temperatura das águas do Oceano Pacífico e que podem afetar a temperatura e clima não panas do Brasil, mas também de várias partes do mundo.
O El Niño, tem essa denominação devido ao fato de que no século passado pescadores do Porto de Paita, no Peru, perceberam que as águas frias da Corrente Peruana (que flui para o Norte), tinham temperaturas mais altas que o normal, próximo ao Natal. Como consequência, eles observaram baixas capturas, já que os cardumes mudavam sua rota em direção ao Sul, devido a uma corrente quente procedente do Golfo de Guayaquil, Equador.
A esse fenômeno eles deram o nome de Corrente do El Niño, em referencia ao menino Jesus uma vez que ele foi observado, por primeira vez, próximo a data do Natal. Ele altera temporariamente a distribuição de umidade e calor no planeta, principalmente na zona tropical.
Ele ocorre em intervalos de tempo que variam entre três e sete anos, persiste em média de 6 a 15 meses.
O La Niña é um fenômeno natural que, oposto ao El Niño, consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico, na altura do Peru. Tal como o El Niño, sua ocorrência gera uma série de mudanças significativas nos padrões de precipitação e temperatura ao redor da Terra. Ele ocorre a cada dois ou sete anos e tem duração de nove a 12 meses.
Uma das razões destes dois fenômenos ocuparem os noticiários com tanta frequência vem dos efeitos - positivos e negativos - que eles podem causar na produção agrícola, entre elas a vitivinicultura.
A ocorrência deles interfere de forma decisiva na presença de maior ou menor pluviosidade, em todo o território nacional, uma vez que alteram temporariamente a distribuição de umidade e calor no planeta, principalmente na zona tropical e subtropical.
Eles interferem no clima afetando as chuvas e as temperaturas ao redor do mundo. Porém, aqui no Brasil a variação no volume das chuvas depende de cada região e da intensidade do fenômeno.
Vale lembrar que atualmente temos áreas de vitivinicultura em pelo menos onze estados, de Sul a Norte. Porém, é na região Sul que as uvas se veem mais afetadas por esses fenômenos, porque ambos ocorrem de forma mais acentuada nos períodos de brotação, formação dos bagos e colheita e estão, gradativamente, sendo acentuados nas ultimas décadas.
Em geral, o El Niño é mais frequente do que La Niña, os últimos eventos ocorreram nos anos de 2015-2016 e 2018-2019 com forte intensidade. Mas no mundo vitivinícola o que ficou marcado e foi comemorado de Norte a Sul, foram os últimos três anos desta década quando ocorreram três eventos de La Niña, seguidos, 2020-2023. Neste período a La Niña atuou fortemente nos estados do Sul do Brasil, com eventos de estiagem, favorecendo a vitivinicultura com safras emblemáticas.
O quadro que segue apresenta a situação das regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, para a vitivinicultura nos períodos de ocorrência dos eventos de El Niño e La Níña.
O quadro que segue apresenta a situação da região Sul, para a vitivinicultura nos períodos de ocorrência dos eventos de El Niño e La NIña.
Bibliografia de apoio:
- https://brasilescola.uol.com.br/geografia/el-nino.htm
- https://brasilescola.uol.com.br/geografia/la-nina.htm
- https://www.folhape.com.br/noticias/chance-de-el-nino-forte-e-de-56-diz-agencia-dos-estados-unidos/274767/
- https://www.wine.com.br/winepedia/curiosidades/el-nino-no-muno-do-vinho
- https://www.terra.com.br/noticias/climatempo/verao-2021-com-la-nina-fake-e-surpresa-com-aguas-de-marco,79b550f0e7eb026ad4487fcbfa635fe9sslryh86.html
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