sábado, 11 de agosto de 2012

VINHOS EXTREMAMENTE CAROS



Não há a menor dúvida de que todo apreciador de vinho pelo menos uma vez na vida, ao comprar uma garrafa de um vinho especial, de boa safra e de excelente qualidade, não deu a menor importância ao preço, mesmo que isto tenha representado um verdadeiro rombo no cartão de crédito. Tudo o que ele queria era desfrutar deste liquido dos deuses, em sua plenitude e, porque não, ter o prazer de haver consumido um vinho caríssimo.

Mas recentemente alguns produtores de vinho andam exagerando na quantidade de zeros nos preços das garrafas. Os vinhos se tornaram objetos de luxo tal como um relógio Patek Philippe, uma caneta Mont Blanc, um vestido Dior, uma bolsa "Lana J. Marks Cleopatra Bagn ou uma joia da centenária joalheria francesa Van Cleef & Arpels.

Um amigo meu me enviou uma artigo sobre o vinho mais caro do mundo, o australiano Penfolds 2004 Block 42, engarrafado em ampolas de vidro de 750-ml e caixa de madeira que custa apenas US$ $168,000, considerando o dollar de hoje 2,02, a garrafa custaria R$339.360,00.

Este vinho é produzido em um único e raro vinhedo, cujo produtor reivindica a posição de a mais velha produção, de forma continuada, de vinhos Cabernet Sauvignon no mundo. Serão vendidas apenas 12 ampolas deste vinho, que apesar de caríssimo, sua garrafa tem um formato um pouco estranho. Ela foi desenhada e feita soprando o vidro por Nick Mount, um mundialmente renomado artista do vidro que vive em Adelaide no Sul da Austrália.


Com sinceridade, eu acho que não tenho um paladar tão extraordinário ou tão apuradíssimo, ou mesmo treinado para poder distinguir toda a beleza de um vinho com um preço exorbitante como este, de outro vinho com preço bem menos extravagante. Apesar de amar vinho eu gastaria este dinheiro em um apartamento com uma bela sacada, uma lareira e uma vista maravilhosa.

Eu diria que quem gasta tanto dinheiro assim em um vinho está menos preocupado com o seu sabor e mais com o status que a compra de uma garrafa dele pode lhe dar em seu círculo social, tal como os artigos de luxo mencionados anteriormente. Tanto que em todos os artigos que encontrei sobre o lançamento deste vinho, há uma farta descrição dos profissionais renomados e as etapas de como foi concebida a ampola e a caixa de madeira, mas nem uma única palavra sobre o vinho, propriamente dito.

Mas este artigo me levou a pesquisar sobre vinhos extremamente caros e descobri que em março deste ano a tradicional casa de leilões Sotheby realizou o segundo maior leilão de vinhos de sua história, com as vendas atingindo 2,76 milhões de euros com 97% dos itens vendidos. Os lotes de vinhos da região de Borgonha, em especial os de Domaine de la Romanée-Conti e Henri Jayer (os mais caros do mundo), foram os mais disputados por compradores online e por telefone de 21 países diferentes atingindo preços muito acima dos estimados. O lote principal deste leilão eram três garrafas de Cros Parantoux 1990, de Henri Jayer Vosne-Romanée, vendidas para um comprador asiático por 42.300 euros, 14 mil euros acima do esperado.

Em 03 de abril esta mesma casa de leilões realizou um leilão de vinhos históricos em Hong Kong, onde em apenas dois dias eles venderam 100% de seus lotes e arrecadaram  o equivalente a 8,2 milhões de dólares. Dos lotes vendidos os principais foram um vinho Pétrus 1982 vendido por quase 70 mil dólares; três double magnums do Lafite 1982 por 6,5 mil dólares e uma caixa dessa mesma safra de Lafite por 37,6 mil dólares.


Você consegue se imaginar pagando US$ 156.4590,00 por uma garrafa de vinho? Pois esta foi a pequena fortuna que o bilionário Malcolm Forbes pagou em meados da década de 80 por uma garrafa que continha um vinho de 1787 que, se dizia,  pertencia à adega do presidente Thomas Jefferson, um grande amante de vinhos de Bordeaux, pelo fato de que na garrafa estava gravado Th.J. Apesar do valor histórico e do preço alcançado pela garrafa no leilão, para a demonstração ela foi colocada na posição errada (vertical) e sob um forte foco de luz, resultado a rolha secou, caiu para dentro e o vinho perdeu-se. E lá se foram US$156.4590,00 e um pedaço da história Norte Americana.



O vinho francês Romanée-Conti é considerado um dos vinhos mais caros do mundo, cuja garrafa pode custar até US$12.000,00. Este vinho é tão caro porque além do sabor apreciadíssimo sua produção é bastante reduzida, uma vez que a vinícola de suas preciosas uvas ocupa uma párea de apenas 1,8 hectares, mais ou menos o tamanho de um campo de futebol.

Em março deste ano a família Eguren criou o vinho "Premier" Teso de La Monja, o vinho mais caro da Espanha,  que custa 900 euros. A vinícola produziu apenas 828 garrafas, ele é fruto de uma experiência exclusiva em uma área de 1,8 hectares, o mesmo tamanho do Romanée-Conti, cultivado com todos os cuidados e técnicas biodinâmicas, além de ser elaborado com um depósito de madeira único na Espanha.

 

A revista e site de buscas de vinhos WINE SEARCHER (http://www.wine-searcher.com/wine-info.lml) publicou recentemente a lista dos cinquenta vinhos mais caros do mundo, lá vocês podem escolher qual vinho de preço exorbitante irão comprar.

Para encerrar este artigo convido vocês a brindar comigo com um dos champagnes mais caros do mundo o Perrier-Jouët, fabricado na França pela produtora de bebidas Pernod-Ricard e que custa algo em torno de $4.166 euros. Tim, Tim!!!

Mudanças climáticas: Como elas estão afetando a vitivinicultura nos quatro cantos do mundo

  Mudança climática se refere as transformações de longo prazo nos padrões de temperatura e clima. Essas alterações podem ser naturais, poré...