domingo, 9 de agosto de 2015

MARSALA-A COR DE 2015

Todos os anos os comerciantes inventam nomes novos para os mesmos produtos que compramos há anos, apenas para dar uma repaginada no assunto e assim aumentar as vendas. Desta forma a calça boca de sino que fez tanto sucesso nos anos 70, agora se chama flare e a bela e boa colcha de cama agora é cobre leito. Durante anos a cor vinho,  encheu nossos guarda-roupas e como era apresentada assim de forma genérica sem especificar qual vinho, ela podia ser de um vermelho intenso com reflexos violáceos, como o Tannat, vermelho brilhante como o Pinot Noir ou ser o rubi brilhante do Carménere. 

Agora, como a cor da moda de 2015 é o Marsala pelo menos foi definido que vinho vamos usar se decidirmos seguir a moda. Este vinho é originário da comuna italiana de Marsala, que lhe dá o nome,  provincia de Trapani, na região da Sicilia, Itália. O único problema é saber a qual Marsala os que ditam a moda estão se referindo, uma   vez que este vinho  é classificado de acordo com a sua cor,  teor de doçura e tempo de envelhecimento.

Quanto a cor os vinhos Marsala podem ser classificados em Ouro, apresenta cor dourada, são produzidos com cepas de uvas brancas Catarratto, Grillo, Inzolia e Damaschino,  e é doce; Âmbar, quando apresentam uma cor âmbar dada pela coloração que vem do edulcorante Mosto Cotto adicionado ao vinho, é também produzido com uvas brancas e pode ser encontrado nas versões seco ou semiseco.

Porém,  pela  amostra da cor abaixo, acho que a eleita foi a Rubi, que apresenta coloração rubi, quando os vinhos são  feitos com as variedades de uva vermelhas tais como a Perricone, Calabrese, Nero d'Avola e a Nerello Mascalese. É o Marsala menos conhecido, mas que seguramente para a moda é o que tem a coloração mais chamativa.


A cor marsala está por todos os lados, nas roupas, sapatos, maquiagem, acessórios e colore as vitrines de lojas e shoppings center. Ela realmente é muito bonita,  elegante, discreta  e combina com  quase tudo.Eu já aderi a ela, tenho algumas roupas e batons na cor marsala, afinal sou filha de Deus.

                                                                                                                                                                                    
 Na região onde o vinho é produzido os nativos da cidade às vezes bebem o "vintage" Marsala, mas o que é feito para exportação é universalmente fortificado semelhante ao Porto, Madeira e Jerez. Originalmente, esta adição de álcool era para assegurar que duraria em longas viagens oceânicas, mas atualmente  ele é feito dessa forma por causa de sua popularidade em mercados estrangeiros. É envelhecido em tonéis de madeira e de sabor similar aos vinhos fortificados originários da Espanha e Portugal. Para fazer o Marsala  é  utilizado um processo denominado perpetuum, semelhante ao sistema de solera utilizado para produzir o Jerez, na Espanha.


De acordo com a história a invenção deste vinho é atribuída ao comerciante inglês John Woodhouse, que desembarcou no porto de Marsala em 1773, forçado por uma tempestade. Ao provar em uma taberna,  o vinho produzido na região,  se interessou por ele e resolveu levar um lote  para comercializar em sua terra natal, pois  ele acreditava que o Marsala poderia se tornar popular em seu país, o que realmente acabou acontecendo. Para evitar problemas de conservação durante a longa viagem, acrescentou aguardente de vinho nos barris. Ao chegar na Inglaterra percebeu que o vinho havia se modificado e estava melhor. Ele então o batizou com o nome de Marsala, em homenagem a cidade de onde o vinho era originário. Sua empreitada comercial foi tão bem sucedida que  ele voltou para a Sicilia em 1796 onde iniciou a produção e comercialização em massa do vinho Marsala.

Este vinho recebeu o status de Denominazione di Origine Controllata (DOC) em  1969, que é o equivalente ao Protected Designation of Origins (PDO) utilizado pela União Europeia. Muitos países limitam o termo Marsala apenas aqueles vinhos originários da região de Marsala. Ele é produzido a partir de uvas locais, muitas vezes plantadas a somente 1 km de distância do mar.

Quanto a quantidade de açúcar residual, este vinho pode chegar a níveis superiores a 100g/l, em geral eles são classificados em: 

  • Seco-menos de 40 g de açúcar residual por litro; 
  • Semiseco-entre 41 a 80 g de açúcar residual por litro;
  • Doce-mais de 80 g de açúcar residual por litro; .
Geralmente quanto menor o tempo de envelhecimento deste vinho menor o teor alcoólico, que  varia entre 17 e 20°. Assim a classificação do Marsala  com relação ao tempo de envelhecimento é a seguinte:  


  • Fine-envelhecimento mínimo de 1 ano, este tipo é bastante utilizado na culinária
  •  Superiore- envelhecimento mínimo de  2 anos em madeira;
  • Superiore Riserva-envelhecimento mínimo de 4 anos em madeira; 
  • Vergine- envelhecimento mínimo de 5 anos em madeira;
  • Vergine Soleras-também com mínimo de 5 anos de envelhecimento em madeira, mas com mistura de diferentes safras;
  • Vergine Riserva ou Stavechio-envelhecimento mínimo de 10 anos em madeira. 

O vinho Marsala é muito utilizado na culinária, e um molho típico feito com este vinho utiliza cebolas e uma redução dele quase a forma de um xarope, em seguida, adiciona-se  cogumelos e ervas. Mas o prato mais conhecido e mais tradicional é o famoso frango  ao molho Marsala, onde utiliza-se pedaços de peito de frango passados na farinha, assados em uma mistura de manteiga, azeite de oliva, cogumelos, molhos inglês  e especiarias, tudo isto regado com 1/3 de xícara de Marsala.

Ingredientes

  • 4 unidade(s) peito de frango
  • 2 colher(es) de sopa óleo
  • 60 g manteiga
  • 1 unidade(s) dente de alho picado
  • 2 xícara(s) caldo de frango
  • 2 colher(es) de chá farinha
  • sal e pimenta do reino a gosto
  • 1/3 xícara(s) vinho Marsala
  • 1/4 xícara(s) creme de leite fresco
  • 2 colher(es) de chá molho Inglês

Modo de preparo

  1. Esquentar o óleo em uma frigideira  e colocar os peitos de frango sem a pele, até que estejam dourados e cozidos.
  2. Retirar da frigideira e cobri-los com papel alumínio.
  3. Utilizando a mesma frigideira (sem lavá-la), derreter a manteiga e adicionar o alho durante 2 minutos em fogo baixo. Adicionar o caldo de frango e o vinho marsala. Reduzir à metade durante aproximadamente 5 minutos.
  4. Incorporar a farinha, o creme de leite e o molho inglês em fogo baixo até ferver (se quiser evitar que a farinha embole, dissolva antes em um pouco de caldo de frango).
  5. Servir o peito de frango regado ao molho.
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Ingredientes

  • 4 unidade(s) peito de frango
  • 2 colher(es) de sopa óleo
  • 60 g manteiga
  • 1 unidade(s) dente de alho picado
  • 2 xícara(s) caldo de frango
  • 2 colher(es) de chá farinha
  • sal e pimenta do reino a gosto
  • 1/3 xícara(s) vinho Marsala
  • 1/4 xícara(s) creme de leite fresco
  • 2 colher(es) de chá molho Inglês

Modo de preparo

  1. Esquentar o óleo em uma frigideira  e colocar os peitos de frango sem a pele, até que estejam dourados e cozidos.
  2. Retirar da frigideira e cobri-los com papel alumínio.
  3. Utilizando a mesma frigideira (sem lavá-la), derreter a manteiga e adicionar o alho durante 2 minutos em fogo baixo. Adicionar o caldo de frango e o vinho marsala. Reduzir à metade durante aproximadamente 5 minutos.
  4. Incorporar a farinha, o creme de leite e o molho inglês em fogo baixo até ferver (se quiser evitar que a farinha embole, dissolva antes em um pouco de caldo de frango).
  5. Servir o peito de frango regado ao molho.
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Ele é também utilizado em algumas receitas de risoto, e para produzir ricas sobremesas italianas como zabaione e tiramisu. Este tipo de vinho era tradicionalmente servido como aperitivo entre o primeiro e segundo prato de uma refeição, mas mais recentemente tem-se utilizado versões mais secas, refrigeradas para acompanhar queijos como parmesão, queijos azuis (Gorgonzola, Roquefort, Blue) e outros tipos de queijos picantes, com  frutas ou doces, e nas versões mais doces e à temperatura ambiente, tomá-lo como um vinho de sobremesa.


Se beber não dirija!

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