É conhecida como "a rainha das uvas tintas”, pois é a mais globalizada das uvas tintas, é cultivada em todas as regiões produtoras e degustada por
todos.
Esta é uma variedade nobre
originária da região de Bordeaux, França, onde produz os lendários tintos em
cortes com Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot .
Levada
para todas as regiões do mundo se adaptou bem em todas elas. Ela se adapta muito bem aos mais diferentes solos e
climas, a exceção dos extremos (quente e frio) que não são bons para nenhum
tipo de uva. Hoje em dia é a casta internacional para se avaliar vinhos,
produtores ou regiões.
Os aromas e sabores da Cabernet Sauvignon são marcantes. Os bons cabernets tem cor vermelho escuro, aromas
de frutas vermelhas (cereja, cassis, amora, morango),
amadeirados resinosos (cedro, lápis e caixa de charuto), amadeirados queimados (tostado, defumado, café, torrefação).
Apresentam muita força e estrutura, envelhecem de maneira excelente. Esta uva é uma variedade resistente e de
amadurecimento tardio, o que ajuda na concentração de
aromas. Desenvolve-se muito bem em regiões de climas amenos como a
Califórnia, Austrália, África do Sul, Chile, Itália e Espanha. O Chile se
destaca como um dos grandes produtores de Cabernet Sauvignon do mundo.
Qualquer
produtor que esteja começando na produção de vinhos escolhe esta uva para
mostrar que é capaz de fazer bons vinhos. Este também é o tipo de
vinho mais mencionado por qualquer iniciante no mundo do vinho que não quer dar
uma de desentendido e vai logo citando esta uva. O grande problema é que muitos
deles jamais experimentam outro tipo de vinho, ficam eternamente citando o
cabernet sauvignon, com ares de entendidos.
Você
descobre rapidinho se a pessoa entende ou não de vinhos, basta perguntar que
tipo de vinho ela gosta, e lá vem o cabernet sauvignon, e para por ai, jamais
este grande entendido mencionará um tanat, um merlot, um tempranillo, não,
ele ficará na segurança de um cabernet sauvignon. Confesso que isto me levou a
ter certa implicância por vinhos cabernet sauvignon, sem que eles merecessem
isto.
Certa vez me encontrei
com um amigo argentino de Mendoza, que na ocasião estava fazendo um programa de
pós-doutorado no Rio de Janeiro. Além de ele ter me presenteado por anos com
excelentes vinhos mendozinos, é também um excelente bebedor de vinho. Assim,
decidimos sair para jantar. Ele escolheu um restaurante no shopping Leblon que
fica ao lado de uma importadora de vinhos.
Lá você escolhe o
vinho na importadora e pede para ser servido durante o jantar. Apesar da minha
implicância com os vinhos cabernet sauvignon, não sou boba, e como havíamos decidido
que iríamos desfrutar de um excelente vinho, fui logo escolhendo um Don
Melchor, safra 2004, da Concha y Toro.
O
Don Melchor é
o primeiro vinho Ultra Premium da indústria chilena, é o único que tem 22 colheitas
premiadas e reconhecidas pela crítica mundial. É o expoente máximo do Cabernet Sauvignon chileno.
Sua origem é o Vinhedo de Puente
Alto, localizado no Valle del Alto,
Maipo, a 650 metros de altitude. Os parreIrais
tem em média mais de 20 anos de idade, em solo pedregoso, pobre em nutrientes e
com escassa retenção de agua.
O
Don Melchor 2004 é composto de 94%
de Cabernet Sauvignon e 6% de Cabernet Franc, passou 14 meses em
barricas de Carvalho francês, tem cor cereja intenso, é complexo e elegante,
com notas de frutas vermelhas, ameixas secas, especiarias e cassis, que se mesclam
com notas de chocolate, tabaco e cedro.
O vinho cabernet sauvignon vai bem
com carnes vermelhas, especialmente de cordeiro e de caça, podendo ser assadas, recheadas, preparadas com molhos de
vinho tinto, champignon e de tomate.
Harmoniza também com terrinas diversas e patês, especialmente de pato com trufas.
Vai bem com queijos de vaca ou de
ovelha, queijos secos e maduros ou cremosos. Harmoniza bem com carnes grelhadas, cordeiro assado,
risotos mais fortes.
Uma garrafa de Don Melchor custa em média R$ 320,00,
mas vale cada gotinha contida nela.
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