domingo, 3 de junho de 2012

CABERNET SAUVIGNON



 
É conhecida como "a rainha das uvas tintas”, pois é a mais globalizada das uvas tintas, é cultivada em todas as regiões produtoras e degustada por todos.
Esta é uma variedade nobre originária da região de Bordeaux, França, onde produz os lendários tintos em cortes com Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot .
Levada para todas as regiões do mundo se adaptou bem em todas elas. Ela se adapta muito bem aos mais diferentes solos e climas, a exceção dos extremos (quente e frio) que não são bons para nenhum tipo de uva. Hoje em dia é a casta internacional para se avaliar vinhos, produtores ou regiões.
Os aromas e sabores da Cabernet Sauvignon são marcantes.  Os bons cabernets tem cor vermelho escuro, aromas de frutas vermelhas (cereja, cassis, amora, morango), amadeirados resinosos (cedro, lápis e caixa de charuto), amadeirados queimados (tostado, defumado, café, torrefação). Apresentam muita força e estrutura, envelhecem de maneira excelente.  Esta uva é uma variedade resistente e de amadurecimento tardio, o que ajuda na concentração de aromas. Desenvolve-se muito bem em regiões de climas amenos como a Califórnia, Austrália, África do Sul, Chile, Itália e Espanha. O Chile se destaca como um dos grandes produtores de Cabernet Sauvignon do mundo.
Qualquer produtor que esteja começando na produção de vinhos escolhe esta uva para mostrar que é capaz de fazer bons vinhos. Este também é o tipo de vinho mais mencionado por qualquer iniciante no mundo do vinho que não quer dar uma de desentendido e vai logo citando esta uva. O grande problema é que muitos deles jamais experimentam outro tipo de vinho, ficam eternamente citando o cabernet sauvignon, com ares de entendidos.
Você descobre rapidinho se a pessoa entende ou não de vinhos, basta perguntar que tipo de vinho ela gosta, e lá vem o cabernet sauvignon, e para por ai, jamais este grande entendido mencionará um tanat, um merlot, um tempranillo, não, ele ficará na segurança de um cabernet sauvignon. Confesso que isto me levou a ter certa implicância por vinhos cabernet sauvignon, sem que eles merecessem isto.
Certa vez me encontrei com um amigo argentino de Mendoza, que na ocasião estava fazendo um programa de pós-doutorado no Rio de Janeiro. Além de ele ter me presenteado por anos com excelentes vinhos mendozinos, é também um excelente bebedor de vinho. Assim, decidimos sair para jantar. Ele escolheu um restaurante no shopping Leblon que fica ao lado de uma importadora de vinhos.
Lá você escolhe o vinho na importadora e pede para ser servido durante o jantar. Apesar da minha implicância com os vinhos cabernet sauvignon, não sou boba, e como havíamos decidido que iríamos desfrutar de um excelente vinho, fui logo escolhendo um Don Melchor, safra 2004, da Concha y Toro.  
 O Don Melchor é o primeiro vinho Ultra Premium da indústria chilena, é o único que tem 22 colheitas premiadas e reconhecidas pela crítica mundial.  É o expoente máximo do  Cabernet Sauvignon chileno.
Sua origem é o Vinhedo de Puente Alto, localizado no  Valle del Alto, Maipo, a 650 metros de altitude. Os  parreIrais tem em média mais de 20 anos de idade, em solo pedregoso, pobre em nutrientes e com escassa retenção de agua.
 O Don Melchor 2004 é composto de 94% de Cabernet Sauvignon  e  6% de Cabernet Franc, passou 14 meses em barricas de Carvalho francês, tem cor cereja intenso, é complexo e elegante, com notas de frutas vermelhas, ameixas secas, especiarias e cassis, que se mesclam com  notas de chocolate, tabaco e cedro.
O vinho cabernet sauvignon vai bem com  carnes vermelhas, especialmente de cordeiro e de caça, podendo ser  assadas, recheadas, preparadas com molhos de vinho tinto, champignon e  de tomate. Harmoniza também com terrinas diversas e patês, especialmente de pato com trufas. Vai bem com queijos de vaca ou de  ovelha, queijos secos e maduros ou cremosos. Harmoniza bem com carnes grelhadas, cordeiro assado, risotos mais fortes.
Uma garrafa de Don Melchor custa em média R$ 320,00, mas vale cada gotinha contida nela.
   

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