Nos dias 9 e 16 de julho a Revista Donna Talk da Zero Hora realizou, em parceria com a Vinícola Miolo, o evento Wine Garden Musical na Vinícola, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, na serra Gaúcha. Eu decidi participar do evento realizado no dia 9 de julho, assim pude celebrar, em memoria, o aniversário do meu pai que se tivesse vivo estaria completando 91 anos. Mas, acabou não sendo uma boa escolha de data, pois a chuva não deu trégua nem um minuto durante todo o dia e veio acompanhada do frio, ao contrário do dia 16 que havia um belo sol. Mas, mesmo com chuva o evento foi maravilhoso, pois passei um dia muito agradável, desfrutando vinhos maravilhosos em companhia de pessoas simpáticas e também amantes do vinho.
A ideia do evento era fazer uma celebração a
música com degustação e workshop de vinhos, playlists especiais e cardápios
temáticos. A escolha das datas deveu-se ao dia Mundial do Rock, que é celebrado no dia 13 de julho, e que teve sua origem no megaevento Live Aid, que ocorreu neste dia em 1985, ao mesmo tempo no John F. Kennedy Stadium, na Filadélfia, Estados Unidos e no lendário Wembley Stadium em Londres, Inglaterra. O objetivo principal deste megaevento era o fim da fome na Etiópia.
Esta celebração é uma referencia a um desejo expresso, na ocasião, pelo cantor Phil Collins, que participou do evento e que gostaria que aquele dia fosse considerado o dia Mundial do Rock. O curioso de tudo isto é que até onde se sabe o dia Mundial do Rock é celebrado apenas aqui no Brasil.
Esta celebração é uma referencia a um desejo expresso, na ocasião, pelo cantor Phil Collins, que participou do evento e que gostaria que aquele dia fosse considerado o dia Mundial do Rock. O curioso de tudo isto é que até onde se sabe o dia Mundial do Rock é celebrado apenas aqui no Brasil.
Saímos de Porto Alegre as 07:30, de ônibus, em direção a Bento Gonçalves, sempre na companhia da chuva. Ao chegarmos na Vinicola Miolo fomos recebidos pela equipe da empresa responsável pela organização do evento e por um maravilhoso brunch, organizado no retângulo com tonéis de madeira, que é o local onde teve inicio as atividades da Miolo e que é preservado até hoje.
No brunch foram servidos frios, queijos e pães e um drink tipico para esta ocasião com o nome de Mimosa, feito à base de suco de laranja e espumante Terranova Blanc de Blanc, Brut, não safrado, elaborado pelo método charmant, com uvas Chenin Blanc, Sauvignon Blanc e Verdejo, no Vale do São Francisco, Bahia. Por causa do nome do drink as mesas do brunch e do almoço, que foi servido mais tarde, estavam decoradas com flores Mimosa, cuja a cor amarela combinava com a do drink.
Em seguida o enólogo Miguel Almeida e o jornalista, sommelier e músico Mauricio Roloff, nos levaram por uma aventura musical e enogastronômica, para nosso deleite. Miguel nos apresentou todo o processo de elaboração de vinhos e espumantes, onde tivemos a oportunidade de visitar vários setores da vinícola que não costumam ser acessados por visitante, tais como onde são recebidas e selecionadas as uvas, os tanques de decantação onde é separada a borra do mosto, para depois iniciar a vinificação. Vimos também onde é feita a prensagem da uva, aprendemos que para cada quilo de uva tem-se 750 ml de vinho, sendo 600 ml de vinho flor (aquele que é originado diretamente da uva) e 150 ml são originados da última prensagem da casca da uva. Quanto maior a prensagem da casca mais estruturado será o vinho.
Foi neste momento da visita que tivemos um experiência inesquecível, pois foi possível provar diretamente dos tanques de aço, o Miolo Reserva Cabernet Sauvignon, Safra 2015, onde estava guardado, prestes a ser engarrafado. São feitos 250.000 litros de vinho, porém, devido aos custos de engarrafamento (350.000 garrafas) e armazenamento, são feitos dez engarrafamentos ao longo do ano. O grande desafio é manter as características do vinho ao longo de todo este processo.
A segunda parte da programação, conduzida pelo Mauricio, nos levou pelo mundo da música, fazendo um paralelo entre a arte da criação que um músico experimenta quando cria a sua música, e esta mesma arte que o enólogo experimenta quando cria um vinho. O músico faz sua arte para os outros, assim como o enólogo. Ambos, necessitam da sensibilidade para fazer sua criação. Não adianta o músico ter apenas uma técnica apurada, se no momento da sua criação ele não põe sensibilidade, não põe sentimentos. O mesmo acontece com o enólogo, que além da excelente técnica também necessita da sensibilidade para a criação de um bom vinho.
Na Torre da vinícola, Mauricio conduziu uma degustação panorâmica, com o espumante Miolo Lillésime, safra 2012 e o Miolo Lote 43, safra 2011. Desta torre se avista o famoso Lote 43, que deu origem a vinícola e que está localizado nos arredores dela.
Na sequencia fomos para a sala de degustação, onde Mauricio conduziu a degustação de três vinhos, sempre fazendo um paralelo entre a música e o vinho. Este foi um momento de bastante descontração, onde tentávamos identificar cada um dos vinhos com um tipo específico de música. Os vinhos degustados foram:
No brunch foram servidos frios, queijos e pães e um drink tipico para esta ocasião com o nome de Mimosa, feito à base de suco de laranja e espumante Terranova Blanc de Blanc, Brut, não safrado, elaborado pelo método charmant, com uvas Chenin Blanc, Sauvignon Blanc e Verdejo, no Vale do São Francisco, Bahia. Por causa do nome do drink as mesas do brunch e do almoço, que foi servido mais tarde, estavam decoradas com flores Mimosa, cuja a cor amarela combinava com a do drink.
Em seguida o enólogo Miguel Almeida e o jornalista, sommelier e músico Mauricio Roloff, nos levaram por uma aventura musical e enogastronômica, para nosso deleite. Miguel nos apresentou todo o processo de elaboração de vinhos e espumantes, onde tivemos a oportunidade de visitar vários setores da vinícola que não costumam ser acessados por visitante, tais como onde são recebidas e selecionadas as uvas, os tanques de decantação onde é separada a borra do mosto, para depois iniciar a vinificação. Vimos também onde é feita a prensagem da uva, aprendemos que para cada quilo de uva tem-se 750 ml de vinho, sendo 600 ml de vinho flor (aquele que é originado diretamente da uva) e 150 ml são originados da última prensagem da casca da uva. Quanto maior a prensagem da casca mais estruturado será o vinho.
Foi neste momento da visita que tivemos um experiência inesquecível, pois foi possível provar diretamente dos tanques de aço, o Miolo Reserva Cabernet Sauvignon, Safra 2015, onde estava guardado, prestes a ser engarrafado. São feitos 250.000 litros de vinho, porém, devido aos custos de engarrafamento (350.000 garrafas) e armazenamento, são feitos dez engarrafamentos ao longo do ano. O grande desafio é manter as características do vinho ao longo de todo este processo.
Na Torre da vinícola, Mauricio conduziu uma degustação panorâmica, com o espumante Miolo Lillésime, safra 2012 e o Miolo Lote 43, safra 2011. Desta torre se avista o famoso Lote 43, que deu origem a vinícola e que está localizado nos arredores dela.
Na sequencia fomos para a sala de degustação, onde Mauricio conduziu a degustação de três vinhos, sempre fazendo um paralelo entre a música e o vinho. Este foi um momento de bastante descontração, onde tentávamos identificar cada um dos vinhos com um tipo específico de música. Os vinhos degustados foram:
- o Miolo Reserva Sauvignon Blanc, safra 2016, da região da Campanha, onde seus cachos verdes são escondidos da luz solar e são colhidos sob a luz do luar, o que possibilita que a fruta seja colhida a temperatura baixa naturalmente. É um vinho de estilo jovem, muito refrescante, elevada tipicidade, alta intensidade aromática e muito frescor ácido, coloração amarelo-claro com intensos tons esverdeados, temperatura de serviço de 8ºC;
- o Miolo Merlot Terroir D.O., safra 2012, vinho com Denominação de Origem Vale dos Vinhedos, RS. A Merlot é a uva adaptada ao bioma Mata Atlântica e é a casta tinta emblemática do Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves, RS. Coloração vermelha rubi intensa, com traços violáceos, alta intensidade aromática, notas de carvalho como caramelo, cacau, café, estruturado de taninos elegantes, grande volume em boca, temperatura ideal de serviço de 16 a 18º C.;
- o Miolo Testardi Syrah, safra 2015, do Vale do São Francisco, uma das máximas expressões desta uva em território brasileiro, foi premiado no 7º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil. De coloração violácea profunda, aroma de fruta vermelha madura (morango, ameixa preta, noz moscada), altamente estruturado, médio volume em boca, equilibrado e longa persistência em boca, temperatura de serviço de 16 a 18º C.;
Após todos estes prazeres enológicos, foi serviço um maravilhoso almoço na cave, acompanhado de boa música e sem nenhuma pressa. Neste ambiente agradável, onde estávamos rodeados por centenas de barricas de vinho, foram servidos frios, queijos, pães, polenta frita e polenta mole com diferentes tipos de molhos, e claro muito vinho Miolo.
Para finalizar foi serviço como sobremesa, um iogurte sobre uma cama de bolachas, com uma calda de uvas, dentro de um vidro de conserva, super interessante e delicioso. Realmente foi um dia memorável, apesar da toda a chuva.
Parabéns a Donna Talk, a Maria Eduarda e a Miolo pela realização deste maravilhoso evento, que venham mais.
Se beber, não dirija!
Para finalizar foi serviço como sobremesa, um iogurte sobre uma cama de bolachas, com uma calda de uvas, dentro de um vidro de conserva, super interessante e delicioso. Realmente foi um dia memorável, apesar da toda a chuva.